quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O nosso mundo




Todos os dias o mundo onde vivemos (e só há este) muda. E nós mudamos também. Quem não muda, quem não quer mudar fica de fora. De fora significa caminhar contra a maré que tritura e destrói tudo e todos. Assim é. Para o melhor e para o pior. O pior é estar no sítio errado, no tempo errado. Este é o grande drama do nosso século. Circulamos de uma ponta a outra do planeta, encontramos culturas e modos de viver com interesses diferentes, e porque queremos impor os nossos ideais vivemos eternamente em conflito. Conflito de gerações e de povos. Até ao fim da nossa existência. Até ao fim do nosso mundo.

Esta aguarela ironicamente chamada “Jardim das Delícias”é a entrada de um espaço que criámos para enterrar os nossos entes queridos e chorar quantas vezes pela saudade e pelo remorso. Quantas vezes?

E recordo hoje, mais uma vez, Fernando Pessoa e “ O Livro do Desassossego”:

“ …Só aos mortos sabemos ensinar as verdadeiras regras de viver.”

1 comentário:

  1. Mundo nosso, mundo meu
    Não escolhi nascer
    mas pude escolher viver
    andar por mundos distantes
    procurar meu mundo tão breve
    tão fundo ir voltar viajar
    nascer e renascer
    quando a energia acabar
    repousar
    passar para outro lugar!

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