quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sorte e azar



Temos sorte e azar. Umas vezes as coisas acontecem do nosso agrado e, noutras, nada é como gostaríamos. O que fazemos contribui ou não para o desfecho feliz ou trágico da nossa história. Há de tudo na roda da vida. Perdemos e ganhamos batalhas. Afinal é uma questão de oportunidade ou da falta dela. E os dias, nesta maré contínua de coisas boas e de desilusões profundas, sucedem-se uns atrás dos outros, indiferentes ao prazer e ao desgosto. É o azar ou a sorte a bater à porta.

Esta tela, de grandes dimensões, é uma pintura que retrata um espaço interior onde a sorte e o azar estão presentes nos jogos e nas atitudes do dia-a-dia. A utilização de vários elementos formais colocados em locais previamente seleccionados, induzem a várias leituras. Um quadro não é um romance mas encerra sempre um olhar sobre a vida. Cores complementares ajudam a criar a atmosfera intimista. Régua, esquadro e compasso foram aqui utilizados nesta mistura de linhas rectas e curvas com a perspectiva renascentista presente. As cores acabam sempre por ser resultantes de lutas, até que, umas vencem as outras e, por isso, a pintura é tão aliciante. História da Minha Pintura.

E vos deixo com as palavras de Thomas Jefferson:

“Acredito muito na sorte; verifico que quanto mais trabalho mais a sorte me sorri.”

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