terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Calmaria



Tenho saudades da calmaria. Tanta inquietação. Tanta angústia percorre este tão instável modo de estar em sociedade. Aqui e agora. É a incerteza que paira no horizonte com tantas nuvens negras. Tantas interrogações nos perseguem. Acabaram as certezas. Vivemos na dúvida permanente. Nada está garantido. Tantos sonhos. Tanta esperança. E a realidade é o que é: a incerteza para sempre.

Esta tela é o retrato de um mundo de calmaria onde os sonhos ainda têm lugar. A pintura é isso mesmo: andar por aí construindo imaginários contextos que se glorificam ou condenam. Com as cores da natureza e as poses peculiares fiz este trabalho. História da Minha Pintura.

E vos deixo com as palavras de Henri Amiel, in “Diário Íntimo”:

“Uma paisagem qualquer é um estado de alma.”

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