domingo, 7 de fevereiro de 2010

A derrocada



Hoje uma notícia, amanhã mais outra e, todos os dias, nada de bom acontece. As lamúrias e o desencanto crescem entre todos. Já poucos acreditam em tanta inocência, ou, em tanta falsidade. É a derrocada que aí vem, porque tudo o que é lançado ao vento, mais tarde ou mais cedo cai por terra. É uma questão de tempo. Como sempre.

Esta tela, feita em tempos idos, é um olhar pelo desencanto do estar com os outros, quando as conversas são trivialidades. O café (que ainda é o local acessível às muitas carteiras) é o nosso escape para falarmos de tudo e de nada, contra tudo e contra nada. Aqui procurei captar expressões e retratar com fidelidade o espaço. Enquadramento, escala e posicionamento dos elementos numa mescla de cores originaram esta pintura que é um pouco de mim. História da Minha Pintura.

E vos deixo com as palavras de Séneca:

“Antes queria ser derrotado do bem do que vencer no mal.”

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