Gostamos. Gostamos tanto de acreditar em quimeras. Quimeras onde as fantasias de sonhos encantadores nos transportam para um mundo onde tudo é belo, e as rosas não têm espinhos. Esse mundo fantasmagórico é fruto do desejo de sonhar acordado, longe de tudo e até da realidade. Pobres dos que sonham com as quimeras. E são tantos. Tantos mesmo. Infelizmente ou felizmente.
Esta aguarela é o retrato de um mundo de rosas sem espinhos onde as quimeras se transformam em realidade, só possível, aqui, na imaginação de um pintor.
E vos deixo com as palavras de Robert Musil: “ O que não sabe o que quer, deve saber pelo menos, o que querem os outros.”
Lembrei-me do poema "Maria das Quimeras" de Florbela Espanca, in "Livro de Soror Saudade":
ResponderEliminar"Maria das Quimeras me chamou
Alguém.. Pelos castelos que eu ergui
P'las flores d'oiro e azul que a sol teci
Numa tela de sonho que estalou.
Maria das Quimeras me ficou;
Com elas na minh'alma adormeci.
Mas, quando despertei, nem uma vi
Que da minh'alma, Alguém, tudo levou!
Maria das Quimeras, que fim deste
Às flores d'oiro e azul que a sol bordaste,
Aos sonhos tresloucados que fizeste?
Pelo mundo, na vida, o que é que esperas?...
Aonde estão os beijos que sonhaste,
Maria das Quimeras, sem quimeras?..."
Lindo,este quadro!!!Que sensibilidade!!!
ResponderEliminarPoema_quadro,para mim!
Parabéns.