Temos medo. Muitos medos. Medo disto e daquilo. Medo de vencer. Medo de perder. Medo de tudo. E de tanto medo perdemos tudo. Perdemos a liberdade de pensar. A liberdade de fazer. A liberdade de construir. A liberdade de destruir. A liberdade de ser diferente. E perdemos. Só perdemos. Perdemos tudo, menos o medo. É chegada a hora de não ter medo e dizer não! Não ao medo! Medo não!
Esta pintura em tela é um olhar contemplativo onde o medo também ocupa o seu lugar nesta incerta viagem que é o nosso viver. Aqui procurei, como toda a pintura, dar a sugestão formal quer das casas, quer do cortinado, quer até da figura feminina. El Greco foi muito censurado, no seu tempo, por aflorar a construção das suas imagens. Hoje é um mago do saber pintar. Histórias da Pintura.
Hoje recordo as palavras de François La Rochefoucauld que disse:
“ Tememos tudo como mortais, mas desejamos tudo como se fossemos imortais.”
E vos deixo com a música de Chopin, também ele um homem de muitos medos, felizmente um dos maiores da música, aqui com Arraus ao piano tocando o Nocturno nº 20 do genial polaco.
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