Há sempre o dia seguinte. Quer queiramos ou não, quer gostemos ou não. Há o depois. E o depois significa a vitória ou a derrota dos desejos, dos sonhos, das ambições, do viver segundo ideais romanceados ou não. O dia seguinte é, afinal, o mergulhar na realidade e viver a gosto ou a contragosto, num novo cenário, tantas vezes sempre igual, e apenas diferente aos nossos olhos e aos nossos desejos.
Esta pintura sobre tela é um dos muitos momentos em que se pensa e questiona todo um viver antes e depois do dia seguinte. Com pinceladas soltas e num jogo de cores procurei colocar a luz como um elemento complementar na multiplicidade de elementos que constitui a pintura. Histórias da minha pintura.
Hoje, como tantas vezes faço, relembro um texto judaico extraído da “Máxima rabínica”:
“Todos os dias, a nossa vida recomeça de novo”.
E vos deixo com a música de Brahms, na sinfonia nº 4 (1º movimento, primeira parte) dirigido por Carlos Kleiber.
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