Recordamos e até comemoramos datas. Recordamos histórias e episódios nossos e do meio. Recordamos factos felizes e até alguns que muitas dores nos deram, ao ver partir, para sempre, os nossos. Comemoramos em festa com alegria e vaidade uma data íntima. Oferendas e muitos votos de felicidade são os desejos que se repetem no ritual de cada momento natalício. E assim vamos vivendo e recordando até ao fim dos nossos dias.
Esta pintura em madeira recortada, já com alguns anos, retrata um diálogo com ofertas. Cores complementares e um desenho forçadamente contido das formas do espaço reforçam a composição.
E hoje lembrei-me das palavras de Jules Renard in “Diário”:
“ É assim tão certo que nascemos para viver?”
E vos deixo com a voz de Amália:
"Estranha Forma de Vida"
Que lindo quadro, João!
ResponderEliminarObrigada pela tua pintura!
Se nascemos para viver?! Claro que sim!
E o teu quadro e o teu texto dão-me a resposta.
Viver é este diálogo de ofertas, é o amor, seja ele de que tipo for, construído neste diálogo de ofertas (tão bonita esta expressão!), e nesta complementaridade!
Viver de facto, é amar desta forma, é construir uma nova identidade (o rosto que falta) através do diálogo de ofertas e da complementaridade que tão sabiamente referes no teu belo texto!
Estranhamente bela forma de viver, esta em que o coração guia!