sábado, 10 de julho de 2010

Espaço privado



Hoje, de novo, levanto o véu e vou mostrando pedaços de espaços privados. Hoje como nunca a privacidade é tão mundana. Hoje, uns cientes ou não do valor e do significado da vida privada, tudo fazem para a proteger ou, pelo contrário, a devassam. É neste limbo que procuro ir falando de mim e do meu trabalho. Para alguns é um caminho, como outro qualquer, de divulgação e promoção; para outros, ainda, é um olhar com julgamentos censórios. Afinal, nada é como dantes. A net mudou o mundo e, se nas aldeias todos sabem de todos, agora também na cidade todos conhecem todos, ou não vivêssemos na era da informação global. Para o melhor e para o pior.

Esta imagem procura, sobretudo, mostrar pintura, relacioná-la com o espaço e dar uma imagem das dimensões das peças. O impacto das obras pictóricas não depende somente do tamanho mas, sem dúvida, que ganha uma visualização e um alcance que o pequeno formato não consegue ter. Procuro, dentro das muitas limitações que o trabalho implica, pintar preferencialmente telas de grande formato. História da Minha Pintura.

E recordo hoje as palavras de Georges Braque:

“Na arte só uma coisa importa: aquilo que não se pode explicar.”

4 comentários:

  1. "... Hoje como nunca a privacidade é tão mundana..." isso parece conversa da Caras ou da Hola, quando fazem o que fazem. Eu compreendi o que escreveste, embora pense que terás outras formas de atingir o objectivo mostrar as dimensões das tuas pinturas. Cada vez mais necessitamos de ter a nossa privacidade. Concordo que nas aldeias tradicionais todos se conhecem, penso eu resultante de uma cultura de defesa comum, nas grandes cidades isso não se passa, como afirmas ("...também na cidade todos conhecem todos..."). Quem é que conhece os seus vizinhos da torre onde vive? Estou a desviar-me um pouco do que queria. Ao olhar a fotografia, fiquei com interesse em ver os quadros ao vivo, mas o mesmo, com outras intenções, pode acontecer com os "amigos do alheio". E tu é que "abriste a porta"...

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  2. "... Hoje como nunca a privacidade é tão mundana..." isso parece conversa da Caras ou da Hola, quando fazem o que fazem. Eu compreendi o que escreveste, embora pense que terás outras formas de atingir o objectivo mostrar as dimensões das tuas pinturas. Cada vez mais necessitamos de ter a nossa privacidade. Concordo que nas aldeias tradicionais todos se conhecem, penso eu resultante de uma cultura de defesa comum, nas grandes cidades isso não se passa, como afirmas ("...também na cidade todos conhecem todos..."). Quem é que conhece os seus vizinhos da torre onde vive? Estou a desviar-me um pouco do que queria. Ao olhar a fotografia, fiquei com interesse em ver os quadros ao vivo, mas o mesmo, com outras intenções, pode acontecer com os "amigos do alheio". E tu é que "abriste a porta"...

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  3. ... em desacordo. A arte é para se mostrar de todas as formas. Viver é um risco.
    A arte é universal e deve ser descoberta.

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  4. É para isso que existem as exposições e as mostras. Não é necessário escancarar portas e janelas da casa, para mostrar o que quer que seja. Nada a opor à universalidade e descoberta da arte.
    Agora, quanto ao risco, bom, acho bem, desde que sejam os outros a corrê-lo...

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