segunda-feira, 2 de março de 2015

Tempo e modo






Tenho um tempo e um modo que é resultante do apego à pintura, que tem o feitiço de me encantar e preencher com fantasia e ilusão esta minha caminhada, onde os dias ora parecem mais luzidios, ora são uma mistura de inquietação. Nunca há, nem haverá oportunidade para realizar todos os sonhos e vencer tantos desejos, mas sei que procuro, agora mais do que nunca, tentar que, dentro dos limites a que estou confinado, cada instante e cada momento seja apelativo, quer com a realidade vivida, quer com o vaguear que a memória transporta.

 

Houve um tempo em que desenhava quase compulsivamente. Fiz milhares de desenhos que tenho registados em blocos e que me serviam de inspiração para os temas que queria trabalhar, sendo, sobretudo, caracterizados por apontamentos rápidos, ou não fosse o meu tempo e o meu modo instantes prazenteiros.

 

 

 

E vos deixo com as palavras de Nietzsche, que disse um dia, in “A Vontade do Poder”:

 

 

"Temos a arte para não morrer da verdade."

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