domingo, 7 de setembro de 2014

Há dias felizes

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

João Alfaro

 
Pinturas sobre tela em execução

 
 

 
 
 

Todos os dias aparecem as notícias que são já norma: desgraças e fatalidades com fartura. Entre os perigos reais e os imaginados os dias passam. Com a cabeça dentro da areia ou pensando nas questões caminhamos, ora sonhando com “libertárias” burkas, ora com apocalipses da natureza ou tormentas sem fim. Que venha o diabo, porque de santos ando eu farto. Sei é que nascem e morrem pessoas e sonhos. E há dias felizes. Também.

 

 

Porque não acredito nas preces nem nos santinhos e nas suas historietas de fantasiar, desta ou qualquer outra religião, me deixo levar por aquilo que há de mais sagrado em mim: o amor; porque é bom, maravilhosamente bom a esperança na vida; porque é encantador ver nascer e crescer quem nos conquista com ternura e afeto o coração; porque só com projetos acalentadores se consegue fazer mais e melhor, mesmo que outros digam que não; porque ainda não me deixei levar pelo desencanto, aguardo sempre ansioso, os novos raios de luz, ao quero conceber, quase diariamente, novos projetos. E amanhã é outro dia.

 

 

 

E vos deixo com as palavras de José Luís Nunes Martins, in “Filosofias, 79 Reflexões”:

 

"Ninguém busca a felicidade, o que todos procuramos é uma razão para sermos felizes... por entre todas as que nos fazem sofrer."

 
 


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