sábado, 20 de setembro de 2014

Mercados

 
 






 
 









Este é o meu mundo de eleição. Aqui, neste enquadramento, onde as variáveis da produção das artes plásticas se mostram, me sinto como um peixe na água. Contudo, nem sempre gosto. As propostas, genericamente, são muitas e, naturalmente, desencontradas, donde, muito não é do meu agrado. E acontece sempre. O que fica, sobretudo, é o ponto de encontro das gentes e dos seus propósitos. Num espaço global cada vez mais pequeno, onde tudo se sabe, a arte é o reflexo da contemporaneidade, desde que as propostas artísticas estejam consentâneas com a realidade do nosso tempo. Mas nem sempre assim é. Há quem fique agarrado ao passado, mas o que interessa é o presente, e este deve ser o propósito maior de um artista: edificar a obra plástica como imagem do seu tempo.

 

As novas tecnologias vieram revolucionar o mundo em todas as vertentes. Agora novos produtos e novos modos de produção transformaram o panorama artístico por completo. Há quem saiba tirar partido do que é oferecido pela modernidade e outros não, porque não aproveitam os processos de execução; porque não divulgam nas redes sociais; porque ficaram pelo passado que não volta; porque ficam pelas modas, de vida curta, como todas as modas, diga-se. Opções.
 
 
 
E grande era a curiosidade em ver a exposição de arte agora patente numa das principais artérias de Lisboa. Com uma organização diferente dos habituais mentores do gosto e da estética contemporânea nacional, desta feita, outras pessoas, outros interesses por detrás deste sempre negócio da venda e da compra de objetos, que uns chamam arte e outros nem tanto, gerou polémica entre os tradicionais galeristas. 
 
Esperava ver mais variedade, mais visitantes e mais modernidade nas propostas. Tudo muito regionalista. Afinal, quase só, um olhar sobre um país visto pelos seus artistas com a singularidade da alma russa. Alguns outros expositores, mas muito pouco para encantar. Todavia, nas muitas feiras de arte que visitei a diversidade é tanta, com propostas, algumas até ridículas, mas entendidas apenas como chamamento, o que em arte é sempre importante, mas aqui o propósito foi outro, ou não fosse o mercado uma montra de escolha múltipla.
 
 


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