segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Gente boa



Apesar das notícias tristes de todos os dias; apesar das crises constantes; apesar do desânimo social; apesar do descrédito e das muitas dúvidas sobre os caminhos certos a percorrer; apesar do negativismo dos mandantes; apesar da dívida pública crescente; apesar das incertezas todas, ainda há quem lute e construa novos mundos, longe dos interesses mesquinhos e oportunistas dos que conduzem o barco. Ainda há gente boa que, longe da ribalta, vai tenazmente edificando obra. Sem alarido, sem vaidade, sem pedir nada a ninguém. Ainda há quem humildemente, apenas e só, com dedicação, sabedoria e postura cívica acrescente algo de novo, neste tão maltratado Portugal dos nossos dias. Ainda há gente boa. Ainda há.

Estes dois livros fazem parte de uma outra vertente do meu trabalho pictórico. A minha pintura é essencialmente figurativa e versa muitas temáticas, sendo, por isso, propícia na representação de imagens literárias. Aqui, estas obras do escritor Cipriano Catarino – vencedor do Prémio Irene Lisboa promovido pela edilidade de Arruda dos Vinhos, com o conto “Crime na Capital”- é o exemplo da afirmação da relação entre o texto escrito e a imagem. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Marie Agoult:


“Para ser um grande homem é preciso ter feito grandes coisas, mas não chega ter feito grandes coisas para ser um grande homem.”

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