Gosto de tantas coisas. Coisas que posso ter e outras que jamais alcançarei. Gosto hoje e talvez amanhã já não. Gosto eternamente ou apenas por instantes. O instante é insignificante e não conta para nada, ou quase nada; o eterno é mesmo desgraçadamente doentio, logo sofredor, ou não fossemos todos nós “seres errantes” à procura de Godot.
Estes desenhos fazem parte de um período de vida em que desenhava compulsivamente, numa ânsia pelo desejo de riscar, riscar e riscar, deixando registos de formas e cores sugerindo imagens de tanta gente conhecida ou não, numa procura pelo prazer da criação, que apenas surge quando a motivação é maior que os pensamentos do nada fazer. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de Álvaro de Campos:
“Gostava de gostar de gostar”.
E vos deixo com a música de Ferrer Trindade e Artur Ribeiro, a letra de Maximiano de Sousa e a interpretação de Roberto Carlos e a canção “Nem Às Paredes Confesso”.
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