segunda-feira, 3 de abril de 2017

Mais um passo









De novo, em outra caminhada, com projectos já na calha, depois de terminada mais uma exposição, desta feita colectiva, em que cada um teve um espaço próprio, ficando assim bem explícito o trabalho de uns e de outros separadamente. E porque é necessário continuar a acreditar que há tanto ainda por fazer, já estou envolvido na criação de obras com fins diversos. Nunca é demais dizer que é aliciante ter sempre desejo de criar peças que transportem consigo  cargas simbólicas de infinitos imaginários. Mais um passo e outro e mais outro esperam por mim, todos os dias, na rota da (minha) pintura.


Agora mais do mesmo: trabalho persistente e rigoroso ( horário fixo )  mais crença, bastam para querer ir por aí em busca de algo. Preciso, como de pão para a boca, de me envolver em episódios artísticos, em que a solicitação é uma constante e, a ambição de corresponder ao pedido, um dever. Depois é feito o juízo final, em que se mantém obrigatoriamente a saudável teimosia de não parar e estar na crista da onda do pintar, mesmo que seja sempre na solidão do atelier.


Desenhar e pintar, em simultâneo, é uma norma, para que haja um exercício permanente, dado que todo o trabalho artístico é exigente e impulsivo, pois não há como dar passos senão na exigência.





E vos deixo com as palavras de Vergílio Ferreira, que um dia disse, in “ A Solidão do Artista”:




“Diz-se às vezes de certas pessoas, e para isso se reprovar, que têm dupla personalidade. Mas dupla ou múltipla têm-na normalmente os artistas....”


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