segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Dois anos depois

 
 
 
 
João Alfaro
"João"
Desenho, grafite sobre cartolina de 34x24 cm
 
 
 
 

“Não, não quero mais gostar de ninguém porque dói. Não suporto mais nenhuma morte de ninguém que me é caro. Meu mundo é feito de pessoas que são as minhas – e eu não posso perdê-las sem me perder.”
 
Clarica Lispector in “A Descoberta do Mundo“
 
 
Dois anos depois, entre as brumas da memória, há tanto para recordar; uns sem medo e outros definitivamente diferentes. Receosos e perdidos perante a fragilidade da vida, os que tanto presenciaram no centro do vulcão a tragédia humana, os dias sucedem-se, com os momentos banais e o querer encontrar distrações do pensar, porque só no devaneio se suporta a ausência. E nada mais resta senão compreender quem somos, donde viemos e para onde vamos. Pelo meio o mais desejado é o que nos faz mais mal: o amor.
 
 
 
E vos deixo com a voz de José Afonso e “Balada de Outono”.
 
 
 
 


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