terça-feira, 4 de agosto de 2015

Brevemente


 






Não sei se é da irreverência e do desassossego constante, que me persegue em busca de nova figuração, o que sei é que vou, mais uma vez, desenhar compulsivamente, porque me conheço e irei descobrir outros caminhos, que é o procuro, para que se mantenha a chama ardente da paixão artística, razão para tanta entrega, neste meu querer, pois é o melhor que tenho para alcançar, com as forças que me acompanham, apesar de tantos percalços e eternos desencontros, mas só sei que a solução está em continuar e acreditar até ao fim. E eu não sou de desistir. Nunca.

 

 

Quando era miúdo li as cartas do Van Gogh, do que ficou, registo a paixão pelo trabalho que ele ia fazendo e, sobretudo, a verdade enquanto homem. Foi um daqueles livros que me marcou e definiu a minha personalidade: entrega às paixões. Uma paixão é um momento doentio de exaltação, que é fundamental para o equilíbrio da monotonia quase permanente dos dias. De paixão em paixão se faz uma vida. A minha também. A pintura é uma delas (para mim), e é, onde posso mostrar o meu silêncio. O resto pouco importa. O mercado é o que é. Importante é ir fazendo e mostrando, agora aberto ao mundo, mesmo que só pela imagem virtual.

 

 

 

 

E vos deixo com as palavras que um dia Georg Hegel disse:

 

“Nada de grande se realizou no mundo sem paixão. “

Sem comentários:

Enviar um comentário