sábado, 29 de março de 2014

Silêncio

 
 
 
 
 
João Alfaro
“Posturas Privadas”, 2012
Pintura sobre tela de 100X100cm
 
 
 
 
João Alfaro
“Tão perto e tão longe”, 2012
Pintura sobre tela de 100X100cm
 
 
 
Pinturas a expor no mês de maio, em Santarém, no Fórum Ator Mário Viegas.
 
 
 
 
 
 
Tenho em mim o desejo de dizer o que me vai na alma, no entanto, sei que, por muito que fale, ficará ainda mais por dizer, e, tudo, porque não sou capaz de ilustrar verbalmente o meu sentir. Faltam-me sempre as palavras; as frases certas; o raciocínio lógico. Tudo em mim é confusão enorme quando me faço ouvir. A sequência do encadeamento assertivo dá lugar a um mesclado de frases soltas, de um embaralhado de referências e caminhos, e, por isso, me basto. Quanto menos falo, mais me satisfaço e melhor me sinto. Prefiro o silêncio, mesmo sabendo que gostaria de gritar bem alto; todavia, nada digo, para não me repetir. De silêncios faço os meus dias. Por isso pinto tanto… no silêncio.
 
 
 
 
 
 
E vos deixo com as palavras de François La Rochefoucauld que disse:
 
 
"A ausência apaga as pequenas paixões e fortalece as grandes."

 
 


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