domingo, 23 de março de 2014

Fora de casa

 
 
 
    
 
João Alfaro
“Espelho de água”, 2011
Pintura sobre tela de 80X100cm






 
 
 

João Alfaro

“Um dia no campo”, 2011

Pintura sobre tela de 80 X100 cm


 

Pinturas a expor no mês de maio, em Santarém, no Fórum Ator Mário Viegas.

 
 

No labiríntico circular entre as quatro paredes e o exterior delas, se resume o mapa geográfico de cada um. Sempre com os mesmos percursos ou aleatoriamente percorrendo o mundo, cada um faz o seu caminho entre o estar numa caixa ou fora dela. Tudo é um conjunto imaginário de caixas onde vivemos, a que chamamos casas, apartamentos, vivendas, escritórios, oficinas e, tantos outros nomes. São tantas, tantas as caixas, umas maiores que outras, naturalmente. Algumas são enormes, porque nelas cabem muitos sonhos; outras, apenas servem para nos aprisionar e sufocar, não dando espaço nem para o pensamento esclarecido. E de caixas em caixas se faz a vida de cada um.

 

 

Momentos há que uma brisa, um olhar distante, um imaginar fugidio faz toda a diferença. Ir à rua, sair por momentos, saborear o exterior da caixa é um alívio, um escape, sobretudo, quando muito do tempo é circunscrito às quatro paredes. E hoje vou sair da caixa. Vou por aí, ao Deus dará.
 
 
 
 

 

 

Sejam felizes.

 

E vos deixo com as palavras de Blaise Pascal que disse um dia:

 

“O que é o homem na natureza? Um nada em relação ao infinito, um tudo em relação ao nada, um ponto a meio entre nada e tudo.”




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