Aqui acontece isto ou aquilo, ali é importante outra coisa qualquer e, mais além, o que interessa mesmo é um outro assunto. É assim todos os dias, em todo o lado. Uns debruçam-se sobre uma questão, outros fazem, por opção, o contrário. E sempre porque cada cabeça… sua sentença. Enquanto uns se divertem, outros, mesmo ao lado, vivem terríveis dramas. Vidas paradisíacas e infernais convivem lado a lado e que resultam de episódios, quantas vezes, inesperados e que podem ocorrer a qualquer momento, tornando a nossa vida um mar de incertezas e, em simultâneo, de esperança no maravilhoso e no fantástico, mesmo quando tudo parece acontecer num mundo onde apenas, por enquanto, as nuvens são negras, muito negras ou, talvez não sejam negras mas cor-de-rosa, ou de uma outra qualquer cor. Afinal, o mundo tem muitas cores dependendo apenas do modo como se olha para elas e, se queremos ou não ver...
Mais uma pintura, mais um modo de expor uma ideia, um sentimento, um desejo. Este meu trabalho (ainda por concluir), que se arrasta no tempo, é o primeiro que faço em 2011. Cores e formas acabam por identificar um modo de expressão, que resulta de muitas horas de trabalho, em que a procura do belo é o propósito maior. E enquanto mostro um pouco do meu modo de ver o mundo (muito restrito a um pequeno núcleo), tanto acontece aqui e ali. E a pintura continua apenas mostrando um modo parcelar de estar e sentir, quantas vezes, bem longe dos dramas singulares ou planetários, ocorridos mesmo aqui ao lado. Ou talvez não como na “Guernica” de Picasso, ou nesta pintura de Amada Negreiros. História da Minha Pintura.
E recordo hoje as palavras de Voltaire:
E recordo hoje as palavras de Voltaire:
“O homem nasceu para a acção, tal como o fogo tende para cima e a pedra para baixo.”
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