quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Tudo se transforma








A palmeira do meu jardim, à semelhança do que aconteceu em todo o lado, atacada pelo escaravelho, acabou por morrer e, enquanto não apodrecer por completo nem cair, está agora transformada  numa peça, digamos de... arte!



Procuro aproveitar todos os materiais e transformá-los em esculturas quando faço obras em casa. Não sou escultor, confesso, mas adoro pegar em madeiras, pregos, tintas, restos de materiais de diferentes formas para construir peças volumétricas. O volume gerado pela incongruência de objetos que, à priori, foram concebidos para ter uma função e eu alterar por completo o seu propósito fascina-me. E, por isso mesmo, resolvi pegar numas tintas e utilizar a capacidade atraente das cores para alegrar o espaço, onde tanto gosto de partilhar com os amigos do costume. Atendendo às limitações da configuração do que resta da madeira e às próprias características dos materiais possíveis para colorir, aquela que em tempos foi uma palmeira frondosa e luxuriante é, agora, um manto de cores díspares, que irei pintando e pintando, a cada nova estação, mudando assim a sua aparência e, neste mundo onde tudo se transforma, tenho, para meu gáudio, uma escultura mutante no meu jardim...







E vos deixo com as palavras daquele que foi um dos mais conceituados químicos francês, que viveu no século XVIII e é considerado o pai da química moderna, Antoine Lavoisier:



“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.





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