quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Regressar ao futuro é preciso











Comecei o dia a apanhar figos e maracujás. A brisa e o contacto direto com a natureza fazem-me bem. Gosto de estar na paisagem verdejante, embora o mar seja fascinante e me encante tudo nele: o cheiro marinho, o constante ondular, a atmosfera das praias, as cores e suas gentes tão disponíveis, para saborear a beleza única dada pela água com seus medos e histórias sem fim, sobretudo, quanto o calor chega e conduz tantos aos prazeres dos banhos, quer sejam eles de sol ou de mar. Mas é tão bom eu ter a possibilidade de, logo pela manhã, recordar um pouco da minha infância neste elo com a terra e o que ela dá, depois ... é saborear a doçura de figos e maracujás.





E o trabalho chama por mim, ultimamente numa irregularidade pouco comum. Preciso, para produzir, sempre de um enorme rigor na gestão do tempo. As horas fogem e tudo tem de ser bem gerido para que cada dia seja frutuoso e, essencialmente, o mais agradável possível porque tudo é tão breve. O futuro é já amanhã e é preciso regressar para continuar a alimentar o sonho de realizar obras que ficarão para os meus vindouros, se houver quem delas goste. Todos os dias, logo bem cedo começo a trabalhar, porque, confesso, sou um comprador compulsivo de materiais de pintura. Tenho tantos pincéis, tantas telas e tantos outros utensílios que, agora sei, jamais conseguirei usar, mesmo nesta azáfama laboral. Agora, estou numa ansiedade de retratar pessoas utilizando o desenho como meio de expressão, donde, a necessidade de ter à mão os meios julgados necessários, dito por outras palavras: comprei mais folhas, lápis e molduras. Vícios...para continuar a produzir novas obras que nem sei para onde me levarão, o que é fascinante, porque é preciso regressar ao futuro.








E vos deixo com as palavras do político, orador e escritor irlandês do século XVIII, Edmund Burke que um dia disse:




“ Nunca se pode planear o futuro pelo passado.”


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