segunda-feira, 6 de março de 2017

Colectiva



















Com muita gente, na inauguração, mais uma exposição para recordar. Confesso que estou um pouco cansado de mostrar individualmente o meu trabalho pictórico. Quando se trabalha em grupo há vantagens consideráveis e, como sempre, algum desconforto, porque acertar ideias e atitudes convergentes não é para todos, e há sempre quem queira ser diferente, quando o princípio maior seria a paridade. O que se deseja num qualquer grupo é que ele funcione e se galvanize para bem de todos, no entanto, nunca é fácil, pode ser que resulte desta feita. A ver vamos.



Uma exposição colectiva coloca em comparação os trabalhos de uns e de outros, mesmo que não haja um fio condutor, nem um propósito estético convergente, como é o caso destes dez artistas integrantes do grupo “13 Luas”, mas quando colocados lado a lado e no mesmo espaço expositivo as comparações são inevitáveis, o que é sempre bom, perante as diferentes sensibilidades, percursos e objectivos.



O espaço onde está patente esta exposição merece uma chamada de atenção pela singularidade do edifício e da sua história. Recuperado, quase na sua totalidade, bem no centro da cidade de Tomar, é agora um museu industrial aberto, também, a exposições várias, para que haja um intercâmbio entre o passado definido pela maquinaria que se deseja preservar para memória futura, e, a modernidade com os eventos artísticos geradores de visitas continuadas. Olhar cada máquina que o pó cobre e a ferrugem ameaça, entrelaçada com arte contemporânea, é ver dois tempos e dois mundos tão diferentes, distantes e agora articulados, apenas porque é preciso saber valorizar o trabalho quer ele seja obra de uns ou de outros.







E vos deixo com as palavras do escritor russo Máximo Gorky que um dia disse, in Os Subterrâneos”:



“Quando o trabalho é um prazer, a vida é bela! Mas quando nos é imposto, a vida é uma escravatura.”


Sem comentários:

Enviar um comentário