segunda-feira, 6 de abril de 2015

Tudo gente do mesmo saco


 
 
 










 
 
 

João Alfaro

 

(Pintura a mostrar, talvez um dia, num espaço público digno e dignificador, se me deixarem...)
 
 
 
 
 Nada é como queremos. Nem nunca será. Reconheço. Os nossos propósitos são os interesses que desejamos e não o que outros querem. Depois disto só basta dizer que ando farto. É tudo gente do mesmo saco. Que se pode esperar? Mesmo perante as evidências, há quem negue a realidade, inventando artifícios e misturando tudo e toda a gente, para não se chegar a lado nenhum e ficar tudo na mesma. Triste sina. Estou cansado de chegar a tanto lado e encontrar os mesmos do costume: os do saco. Tudo gira segundo os preceitos que determinam. Nada sabem dos meandros culturais, mas decidem com a argumentação que lhes é peculiar: primeiro eles, depois os amigos, pois claro. E está tudo dito e decidido. Invertem as questões; desconhecem em absoluto os valores maiores da dimensão estética e contemporânea da criatividade; censuram e mandam com a altivez que os torna gente do Olimpo. Resta-me somente saber esperar e continuar, acreditando (ingenuamente) que um dia o saco ficará só com gente que sabe o que faz. Tudo isto porque, mais uma vez, ouvi um não, e foi outra porta que se fechou.

 

 
 

E vos deixo com as palavras de Giordano Bruno , filósofo italiano do século XVI que um dia disse:

 

“Ignorância e arrogância são duas irmãs inseparáveis, com um só corpo e alma.”

 

 
 


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