terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Retrospetiva

 
 




João Alfaro
Algumas das pinturas a apresentar na retrospetiva
 
 
 
Vou mostrar brevemente, num espaço lindíssimo, um olhar parcelar sobre o meu trabalho no século XXI. Será uma retrospetiva dos muitos retratos que fazem parte agora da temática dominante, que é o meu descritivo modo de pintar. Desde que comecei- quase por acaso- a colocar nas minhas telas as pessoas que me rodeavam, descobri quanto é galvanizador tentar singularizar cada trabalho, captando a unicidade que é o perfil de cada um.
 
 Tento descrever um tempo e um modo de ser e estar com poses simples, mas sugestivas, indicadoras de uma postura cultural de hábitos e propósitos vincados num relacionamento social, utilizando as armas de um pintor: cores e formas plásticas.
Quero com a pintura descrever os caminhos que fazem este tempo meu, onde a serenidade e os valores maiores estejam presentes, e não a apologia de modas que a brevidade dos interesses leva num sopro.
Procuro fazer um retrato que tenha uma vida de longa especulação e entendimento daquilo que somos no melhor que nos define, sem as agruras e os espinhos que compõem o mosaico das ideias e do viver contemporâneo.
No meu fantasiar não pinto a violência, nem o desespero, nem as ideias dos horrores, porque a vida é breve e perante tanto desencanto, enquanto me for possível irei, neste limbo, apenas descrever o quanto é belo saber viver com a simplicidade do amor.
 
 
 
E vos deixo com as palavras de Jean Rostand que disse um dia:
 
“Refletir é desarrumar os pensamentos.”


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