domingo, 18 de maio de 2014

Novo Ciclo

 
 
 
 
 
 
 
 
João Alfaro
“Bilhete”, 2014
Pintura sobre tela, 80X70 cm
 
 
 
 
 
 
Os dias não param. Fogem. E de tanto se sucederem, uns após outros, desejos e ambições mudam. O realismo prevalece, inevitavelmente, sobre a fantasia dos desejos, com a mutação dos sentidos. Novos rumos são uma constante; ora deixam de fazer sentido antigas memórias e projetos antigos; ora o conformismo vence o destino que outrora foi delineado e rumos novos nascem. Caminhadas. Ciclos de vida, pois claro.
 
 
 
A cada novo ciclo há a consciência que muito fica diferente, pois não se pode ir contra a natureza do horário biológico. Resta acreditar que cada etapa tem os encantos possíveis, na procura do crer e da determinação de fazer mais, porque o mistério da descoberta é um encantamento que persegue quem quer ir por aí buscando novas, ou não fosse a arte dos prazeres (que engloba tudo) a razão maior para tanto edificar. Entre dúvidas e certezas, aprendi que o melhor mesmo é nunca desistir, porque cada novo ciclo, neste meu percurso pictórico, traz sempre a esperança de ir mais além.
 
 
 
 
 
 
 
E vos deixo com as palavras de Marcel Proust:
 
 
 
"A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos."


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