sábado, 29 de junho de 2013

Censura







 
 
 
 
O artista plástico brasileiro Fábio di Ojuara,  na 55ª Bienal de Veneza, com a performance "Now every shit is art"(Agora qualquer porcaria é arte).
 
 
 
 
 
 
Desde sempre me encantou a cenografia cinematográfica. Hoje, graças aos recursos técnicos dos computadores, o campo visual do imaginário da sétima arte é  fascinante como nunca  foi. Paradoxalmente, vejo, estupefacto, como nas Artes Plásticas se elevam ao Olímpo criadores que apenas copiam, e mal, os processos técnicos do rudimentar cinema: há vídeos apresentados, até em feiras de arte, que são caricatos e primários; há instalações que nem nos filmes de terceira categoria serviriam; há eventos tão vazios de ideias e de impacto visual que ninguém apostaria um cêntimo, no entanto, com tanto marketing o sucesso mediático (construído artificialmente) está garantido. Com o dinheiro dos contribuintes (diga-se), como acontece muito, neste circuito de vasos comunicantes em que se transformou o interesse cultural dos nossos dias, com os agentes do costume e os habituais beneficiários da "nomenclatura". Com o silêncio dos inocentes. Obviamente.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À esquerda peça de Cabrita Reis, à direita obra de Julião Sarmento
 
 
 
 
 
 
 

E vos deixo com as palavras de Fernando Pessoa:

 

“O fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar.”

 


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