
Estar presente, ver com os próprios olhos, apreciar o momento, olhar e dimensionar o tempo e o modo fazem toda a diferença. Assistir aos acontecimentos, sentir o pulsar das coisas, estar lá, viver as situações por vontade própria ou, até, por acaso, geram um sentimento que nenhum relato, filme ou fotografia conseguem igualar. E quando se fala de arte percebe-se bem a diferença entre ver directamente ou visualizar por outros meios técnicos. A arte é mais sentida no contacto directo, tal como tudo na vida. Viver as situações é sempre o que melhor traduz sentimentos e desejos. In loco.
Estas imagens ilustram vários trabalhos que aguardam o momento oportuno para serem vistos, in loco, quando houver oportunidade e interesse. Agora apenas são pinturas que se amontoam neste mar de obras que, como acontece hoje muito, fazem parte da imensidão criativa gerada pelo acreditar de que vale a pena fazer, mesmo que nunca venham a ter qualquer reconhecimento, mas a arte é, em primeira instância, a criação e só depois a apreciação do louvor ou da ferocidade crítica ou, pior ainda, o ingrato e profundo desconhecimento público da sua existência. História da Minha Pintura.
E vos deixo com as palavras de de Simone de Beauvoir:
“É na arte que o homem se ultrapassa definitivamente.”