Somos todos iguais na anatomia e diferentes na sensibilidade. E porque somos tão distintos uns dos outros, eternamente nos guerreamos em busca da “nossa razão”, que é a melhor, mesmo podendo ser a pior. É assim hoje - aqui e agora - como ontem e desde sempre. Iguais na espécie humana sendo ora gordos e magros, ora altos e baixos, ora escuros e claros, ora tão desiguais nas parecenças e paradoxalmente tão semelhantes. Diferentes religiões e diferentes culturas separam-nos. Tão iguais enquanto seres humanos e tão diferentes nos comportamentos e necessidades. Todos iguais e todos diferentes. Eternamente diferentes. Eternamente iguais.
Esta pintura, de 2010, é um retrato que procura caracterizar um relacionamento que, ainda hoje, é foco de muitas leituras e de juízos críticos díspares. A análise de um tempo e de um modo de vida dependem das variáveis sociais, que nos conduzem pelos caminhos da serenidade e do pensamento evolutivo, no entanto, como acontece sempre, há as forças da estagnação e do pensamento retrógrado.
Esta tela, onde, em termos cromáticos dominam os tons cinzas, é constituída por elementos mínimos para centralizar a questão temática. A pincelada procura ser contida num jogo de luzes e sombras que buscam expressividade. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de George OrweII:
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.”
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