Aqui é assim. Parecem tão naturais os nossos modos de ser e estar. Mas basta percorrer uma curta distância para ver, com olhos de ver, outra realidade tão longínqua do nosso comportamento social. Aqui e agora é mesmo assim: liberdade na acção de estar com os outros, com poses que são a expressão das conquistas que outros conseguiram. É o nosso viver hoje. É bom lembrar que nada é dado, bem pelo contrário, tudo é conquistado e, como acontece muito - com suor, lágrimas e inevitavelmente sangue jorrado. É bom não esquecer porque aqui é assim. É bom não esquecer.
Esta pintura, em tela, é o retrato de um relacionamento casual, que é normal no nosso convívio diário. Aqui é assim. E porque é assim, há que saber valorizar o que temos, e, não nos deixarmos levar pela conversa fiada que apenas traz ostracismo e penúria. Como ocidental defensor da nossa cultura e do nosso relacionamento com os outros, procuro, no meu trabalho, ilustrar o que vejo, como vejo e, o que desejo enaltecer. História da Minha Pintura.
Recordo hoje as palavras de François La Rochefoucauld, in “Máximas”:
“Há uma infinidade de comportamentos que parecem ridículos e cujas razões são muito sábias e muito sólidas.”
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