terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Verdes são os campos

















Mais uma exposição de pintura a inaugurar já no próximo mês, agora no Equuspolis, um espaço expositivo na Golegã. Como é costume em mim, procuro que cada evento seja definidor do espaço e do meio, o que significa expor trabalhos quase todos eles nunca antes vistos, in loco. Entendo que devo, dentro do possível, mostrar sempre peças novas e com temas na linha condutora que me caracteriza, mas que sejam catalisadores e despertem interesses acrescidos.




Agora a paisagem é o tema dominante nesta exposição numa quase monocromia, onde os verdes predominam e se procura enaltecer, sobretudo, a beleza da natureza, numa acalmia paisagística, talvez em confronto com os muitos medos que hoje fazem parte do tecido social, onde a barbárie é uma constante, mas que eu, porque não mudo o mundo, me deixo ficar neste modo de ter como companhia a caixa dos pincéis, as muitas telas e todo um querer conceber  imaginários onde não há lugar para o negro dos dias, e apenas para a edificação da serenidade e do saber estar, sem invejas, nem ciúmes, porque a vida é breve e os campos verdejantes e belos quando um homem olha com olhos de ver.




Tanto trabalho, tanta ansiedade, tanta expectativa para mostrar a alguns que a arte tem ( em mim) um encanto enfeitiçado que me faz viver numa redoma, sem outros interesses que não sejam pintar e saborear a magia do fazer. O resto é o costume de sempre: tão pouco me interessa.




E vos deixo com as palavras de Pablo Picasso que um dia disse:

“Pintar é libertar-se, e isso é o essencial.”



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