terça-feira, 18 de outubro de 2016

Tatuagens













Hoje é a moda disto ou daquilo. Muitos, porque é moda deixam-se ir na “onda”do gosto do momento. Mas há modas e modas. Umas das características do conceito de moda é a brevidade e o instante do evento, do fenómeno social, da identificação com o meio nos usos e costumes. Agora a grande moda identificativa da postura e do estar (sobretudo ) no contexto urbano é, junto de um público jovem e referenciado, o uso de tatuagens. É uma moda colada no corpo que o tempo - feitor de muitas mudanças e opinativos opostos numa mesma pessoa – não acaba num instante e continua colada à pele, mesmo que o sujeito seja outro com o correr do tempo e da aprendizagem da vida. Mas isso não importa, o que interessa é a comunhão com o presente, porque o futuro vem ou não.




Como observador e registador através da pintura do meio que me cerca, não poderia deixar de incorporar na minha temática pictórica a tatuagem nos corpos de quem me serve de modelo. Sábado, 22 de outubro, no Entroncamento, na Galeria Municipal, e durante onze dias vos mostro telas com gente dentro, mergulhados na simbologia identitária de uma caligrafia e de um desenho cromático da moda, que encanta uns e desgosta outros.







E vos deixo com as palavras de Ernesto Sábato, ensaísta e romancista argentino, que um dia disse:




“As modas são legítimas nas coisas menores, como o vestuário. No pensamento e na arte são abomináveis.”

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