segunda-feira, 23 de maio de 2016

No sítio certo















João Alfaro

“Natureza XI”, 2016
Pintura sobre tela de 50 x 120 cm






Há um lugar para tudo: nos mais nobres ou funestos locais; ora engrandecidos pela beleza e historial do espaço e da magia encantatória que existe em momentos e em circunstâncias; ora  no esquecimento ou num qualquer horripilante lugarejo. É assim com tudo, até com as pessoas: enaltecidas ou propositadamente esquecidas.




Uma pintura, por muito afecto e carinho com que foi feita (creio que acontece muito com toda a gente que pinta), tem sempre que ficar em algum lugar. Como é normal arrumada num canto e é fácil perceber porquê. Não há paredes para sustentar tanta produção que se faz em todo o lado. São muitos os que tanto produzem e nunca conseguem mostrar a entrega e o amor dedicado ao trabalho artístico. Mas há os outros: aqueles que o tempo passa e a obra fica para gerações futuras usufruírem do imaginário de um tempo e de um modo. É entre estes dois mundos que o artista vagueia. Mas primeiro é preciso trabalhar muito, sempre com verdade e entrega absoluta, como é o amor, porque de amor se trata. Depois outras contingências farão os caminhos do esquecimento ou da glorificação. Mas isso é outra conversa, para outro momento.





Agora, neste meu caminhar, a preparar telas para um espaço previamente concebido. Resta-me aguardar para ver se o que faço terá ou não algum impacto depois de tanta entrega e amor, obviamente..







E vos deixo com as palavras do escritor inglês que viveu de 1874 a 1965 , William Maugham:





“A arte, um dos grandes valores da vida, deve ensinar aos homens: humildade, tolerância, sabedoria e magnanimidade.”

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