quarta-feira, 10 de junho de 2015

Hino ao amor


 
 
 
João Alfaro
“Catarina: A Grande”, 2015
Pintura sobre tela de 100x100 cm
 
 
Hoje é dia de Portugal. Para uns é apenas um feriado, para outros ainda significa comemorar um projeto épico de séculos. Entre a indiferença ou o gostar de viver e sentir este território com as suas gentes e a sua história quase milenar, há um abismo. Mas o que conta, realmente, é saber estar defendendo o que a consciência dita, segundo padrões de conduta, consciencializados por um longínquo modo de olhar o mundo e, querer participar nele levando os valores julgados maiores.
 
E dos amores que é feita a vida dos homens, amar e respeitar a criança é um dever sublime. Enorme. Felizmente imenso. E porque assim é, a minha pintura procura descrever este espaço territorial onde estou inserido, sem sofismas, apenas e só, mostrando os encantos que a beleza humana transporta, e neles, o olhar de uma criança é, seguramente, um raio de luz que nos conduz para o futuro, com a esperança de dias melhores e a continuação da transmissão dos valores que tanto nos deveria orgulhar.
 
 
 
E vos deixo com a poesia de Fernando Pessoa:

 


 
“A criança que fui chora na estrada.

Deixei-a ali quando vim ser quem sou.

Mas hoje, vendo que o que sou é nada,

Quero ir buscar quem fui onde ficou.”


 
 
 


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