domingo, 6 de maio de 2012

O amor (IV)



"Tão perto e tão longe", pintura sobre tela de 100x100cm, de 2012


As histórias de amor são muito belas. Grandiosas. Duradouras. E trágicas também. A vida é, contudo, como toda a gente sabe, composta de dualidade: o bem e o mal; a alegria e a tristeza; a felicidade e a desgraça. Não há bela sem senão. De um lado, as vidas encantadoras onde tudo de bom (aparentemente) acontece e, nas quais, as almas gémeas vivem na harmonia possível, com fins felizes. São as histórias de encantar. Do outro lado, aqueles que nunca terão nem beleza, nem dourados, nem esperança no amor. Enfim, uns felizes e outros nem tanto. E é bom não esquecer os inevitáveis episódios que mancham os paradisíacos destinos do amor, nesta maré de encontros e de fatalidades. O que poderia ser radiante acaba por ser nebuloso, quantas vezes. Como sabemos, a vida, de cada um, é, sempre, uma carta fechada em que a felicidade está tão perto ou tão longe, porque tudo depende de tanto e de tão pouco. A conjuntura social e os desfechos da errática incógnita dos dias, assim como os atos individuais que alicerçam os muros do amor ou da falta dele, fazem toda a diferença. Dito isto: nada mais belo há que uma história de amor. Vivida.
E vos deixo com as palavras de Alfred Musset que disse um dia:

“_ Nada é tão bom como o amor, nem tão verdadeiro como o sofrimento.”

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