domingo, 22 de abril de 2012

O amor (II)



Há sempre tanto para dizer sobre o amor. Quer seja aos quinze anos de idade, aos vinte, aos trinta, aos oitenta e, até, no instante final. Por paradoxal que pareça, depois das necessidades básicas de sobrevivência, a mola real do desenvolvimento da Humanidade está e só pode estar no amor às pessoas e às causas. As guerras e as invejas são o outro lado dos que não sabem o que é amar. É esta a história dos homens com muitos deuses pelo caminho, muito fundamentalismo, muita aprendizagem do "eu" que, desemboca, eternamente, no desejo do amor. Amar alguém real ou imaginado, e construir castelos deslumbrantes, é o sonho de todos os que fogem da realidade em busca de quimeras sem fim. Depois, como fazemos muito, queremos mais e começa o desencanto com enganos e ficções. E de coloridos cenários passamos a cinzentas e tristes paisagens de vivências amorosas. Infelizmente é assim em muito lado. Ontem, hoje e amanhã.

Esta é mais uma pintura (ainda não concluída) em que o relacionamento humano é a temática dominante, neste meu percurso dos dias de hoje. “Instante”, tela de 100x81 cm procura caracterizar um espaço e um modo de estar e sentir num determinado momento, com luz e sombra, ou não fosse o amor… um raio de luz com muitas sombras.

E vos deixo com as palavras de Stendhal, in “Amor”:
“O amor é o milagre da civilização”.

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