segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Olhar e ver











Portugal está de férias. Uns andam por cá na rotina do costume, e outros partiram fugindo do dia-a-dia. Quem fica olha as mesmas paisagens, os mesmos lugarejos e sempre com a mesma visão. Quem parte vê outras realidades observando ou não com olhos de ver. É sempre assim. A vida é um olhar, sentido ou não, pelo que nos cerca a cada instante. Conscientes ou distraídos vamos saboreando, a vários tons, a natureza ou a obra construída, que muda constantemente, neste viver de tantos olhares e de tantas sensibilidades. Aproveitemos pois estes tempos de calor para saborear tanto mar e tanta terra, vendo com olhos de ver.

Este meu trabalho numa linha diferente do meu percurso pictórico (um pouco à semelhança do que aconteceu com Almada Negreiros e a obra “Começar”) foi feito tendo por base o material, o espaço, e o tempo de execução. Procurei criar um painel - que é essencialmente visto a partir de carros em movimento -, que fosse dinâmico e relacionado com a atmosfera envolvente. Cores suaves e muito preenchido o espaço (para evitar partes em branco com receio da praga dos grafites) e tendo, por base, uma estrutura quase matemática ligada à musicalidade fazem parte da essência deste meu projecto de intervenção urbana. História da Minha Pintura.

Recordo hoje as palavras de Máximo Gorky:

“A única coisa que transcende a existência do ser humano é a sua obra”.

1 comentário:

  1. João,

    Parabéns! Também nesta outra 'vertente', a sua arte no 'criar' é fantástica. Continuação do maior sucesso!

    um sorriso :)

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