Meio mundo está saboreando os prazeres que só Agosto tem: calor, praia, viagens, folia. Infelizmente, também há o outro lado da vida negra e soturna: os fogos e as desgraças do costume. Rir, beber uns copos, passear e deixar para depois é o lema do momento. É assim, neste cantinho à beira-mar plantado… onde se quer pensar só nos encantos estivais, enquanto a tormenta vem chegando, mas agora há que saborear o lado bom das férias de Verão. Depois logo se verá. Pois claro!
Estas fotografias são olhares nocturnos, de espaços urbanos, onde procurei criar, com os materiais tradicionais, uma paisagem estética que fosse um modo de estar perante o mundo, saboreando os prazeres da contemplação, mesmo que seja apenas num instante, tal como nas férias de Verão.
A intervenção no espaço público deve ser sempre de um cuidado extremo, dado que a visualização de qualquer obra procura servir e merecer a fruição ampla de quem olha com olhos de ver. Cada época tem a sua marca, mas o espaço urbano é uma mescla de sucessivas intervenções de tempos diferentes e de preocupações díspares. Procurei que os estes meus projectos fossem um modo de enriquecer plasticamente os espaços com formas e cores traduzindo ideias simples. História da Minha Pintura.
E vos deixo com as palavras de Paul Valéry:
“Uma obra dura enquanto é capaz de parecer bem diferente daquilo que o seu autor a fez.”
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