sábado, 5 de julho de 2014

Andar ao colo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
João Alfaro

 “Ao colo”, 2014

 Pintura sobre tela, 100 x 60 cm
 
 
 
 
 
 
 
Agora é só futebol. Mas eu não morro de amores. Dos pontapés na bola, claro. Do que gosto é da companhia que o futebol me dá. Do convívio. Das saudáveis loucuras. Do tempo consumido na cavaqueira do falar barato. Apenas e só. Dos amores maiores tenho dois ou três. Um deles, sem dúvida, é a pintura. Vivo querendo esgotar-me pintando. Não sei explicar esta entrega. É apenas uma mistura de paixão latente que os anos não consomem, e, um caminhar sem outro destino. Enfim, entrega por um ocaso. Apenas isso e mais nada. Das limitações que a realidade me vislumbra, permanece este querer contínuo de dar significado aos dias, como se a ilustração fosse um modo de andar ao colo com um desígnio, que, só eu sou signatário, ou não fosse o sonho uma aventura de muitas luas e poucos vislumbres.
 
 
 
 
 
 
 
 
E vos deixo com as palavras de John Lennon:
 
 
 
 
"Não interessa quem tu amas, onde é que amas, porque é que amas, quando é que amas ou como é que amas, o que interessa é que amas."
 



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