segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Influências - (I)





Nasci em África. Adoro a Europa. Sou profundamente ocidental. Gosto da liberdade. Detesto o fundamentalismo. Falar, conviver, circular, ver, admirar, prazentear, galentear e amar são modos de estar e sentir, neste canto do mundo, que me faz adorar a vida como a vivo, sem receios nem constrangimentos, embora haja as injustiças do costume, que acompanharão a história da humanidade, eternamente. Aqui, e, em todo o lado. E, porque posso andar por aí, sou o que sou, hoje influenciado por uns, amanhã por outros. Sempre. Felizmente.

Porque a Europa me diz tanto com a sua cultura tão diversa e criativa, o meu trabalho é a soma das muitas influências de tanto ver, de tanto viajar, de tanto querer. Como pintor gosto de tantos que, com dedicação, em tempos tão diversos, deram ao mundo obras que encantam. Grandes mestres de todos os domínios artísticos e da ciência edificaram obras que influenciam as novas gerações, numa espiral de descoberta e magia. Porque assim é, aqui, na Europa, longe do obscurantismo, este velho continente ainda é o espaço da beleza e dos direitos humanos.

Quando pinto vou buscar tudo de tantos desta velha Europa. Esta minha pintura com a geometria que procura destacar a profundidade é resultante do meu olhar pelos grandes mestres, como Rafael, um dos maiores do Renascimento, que deram ao mundo maravilhosas obras-primas que, ainda hoje, são referentes nesta procura pela descoberta do maravilhoso e do fantástico que é a arte.

E vos deixo com as palavras de Alfred de Musset que disse um dia:

“Os grandes artistas não têm pátria.”

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