E cá estamos em 2017. Tudo passa num instante. O que ontem
era um desejo, uma ambição, hoje pode ser outra coisa qualquer menos desejo ou
ambição. A realidade é outra. Confusa como sempre, pela incerteza e pelo enigma
da vida. Imaginamos que somos uns seres merecedores de uma atenção especial,
mas tão pequeninos no universo sem fim . Por mim vejo tudo como uma constante
mudança. Agora com uma forma e consistência, amanhã totalmente diferente. Sem
vida, sem alma, apenas pó. Mas enquanto a mudança se faz é preciso aproveitar
para deixar as marcas do pó algures, por enquanto. Eu pinto e faço-me rodear de
gente, de pessoas que me alimentam de vida e de alento.
E agora é regressado o tempo da
luta pelos ideias. Só. 2017 será bom se conseguir realizar projetos pictóricos que
estão congeminados e que só quero revelar em pormenor quando tudo estiver
acertado. Não gosto de me antecipar aos sonhos, porque nunca acontecem como
imaginado. Vale mais ser contido e esperar se acontece ou não. O tempo dá-nos a
experiência e os dissabores que nos moldam e nos amadurecem. Verdade seja dita
que vivo nesta fase mais pelo prazer do momento do que pelas luzes da ribalta.
Pouco me interessa os holofotes de circunstância. O prazer maior é estar bem
comigo e viver no possível, porque não podemos ter tudo, mesmo que o tudo seja
tão pouco.
Tenho ainda tanto para fazer, se
o engenho e a arte me acompanharem, neste meu modo de ver o mundo, com a
consciência dos perigos e do maravilhoso que é viver. A ver vamos.
E vos deixo com as palavras do
escritor e jornalista colombiano, galardoardo com o Nobel da Literatura Gabriel
Garcia Márquez, que um dia disse:
“ A vida não é mais do que uma contínua sucessão de oportunidades para
sobreviver.”
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