segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Ano novo e vida nova






Agora, nestes primeiros dias do novo ano, é chegado o momento de embrulhar as telas, porque a exposição é já sexta-feira e amanhã é o dia da montagem. É preciso também publicitar o evento com os meios possíveis. Numa das minhas visitas à capital espanhola vi, em destaque, a forma como se anunciava, então, a exposição do Hopper: cartazes simples colocados estrategicamente nas principais artérias de Madrid. Mas isso foi o Museu do Prado a organizar e o artista é um ícone americano do princípio do século XX. Gostava que aqui também fosse assim...



“Verdes são os campos” é o nome da exposição de pintura que fiz para estar durante janeiro e fevereiro na Golegã, no Equuspolis, espaço que agora alberga obras de Martins Correia e que,  em simultâneo, expõe artistas temporários, na Galeria de Arte João Pedro Veiga. Chegou agora a minha vez, porque moro perto; porque me cansei de andar com as telas de um lado para o outro por terras distantes; porque gosto de desafios e este é um deles; porque o expectável se enquadra naquilo que é ser artista nos dias de hoje e porque preciso de aparecer.



“Verdes são os campos” é uma exposição em que o verde das telas se prolonga na paisagem circundante e é também um olhar pela beleza dos campos com gente dentro. Terra de Martins Correia que ilustrou sabiamente as características regionais com realce temático para o cavalo e para a mulher do campo, chegou agora a minha vez de mostrar um outro olhar sobre o campo e a beleza feminina.




E vos deixo com as palavras de Luís de Camões, in “Verdes são os Campos”:




“Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração....”

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