Agora, nestes primeiros dias do novo ano, é chegado o momento de embrulhar
as telas, porque a exposição é já sexta-feira e amanhã é o dia da montagem. É preciso
também publicitar o evento com os meios possíveis. Numa das minhas visitas à
capital espanhola vi, em destaque, a forma como se anunciava, então, a
exposição do Hopper: cartazes simples colocados estrategicamente nas principais
artérias de Madrid. Mas isso foi o Museu do Prado a organizar e o artista é um
ícone americano do princípio do século XX. Gostava que aqui também fosse assim...
“Verdes são os campos” é o nome
da exposição de pintura que fiz para estar durante janeiro e fevereiro na
Golegã, no Equuspolis, espaço que agora alberga obras de Martins Correia e que, em simultâneo, expõe artistas temporários, na Galeria de Arte João Pedro Veiga. Chegou
agora a minha vez, porque moro perto; porque me cansei de andar com as telas de
um lado para o outro por terras distantes; porque gosto de desafios e este é um
deles; porque o expectável se enquadra naquilo que é ser artista nos dias de
hoje e porque preciso de aparecer.
“Verdes são os campos” é uma
exposição em que o verde das telas se prolonga na paisagem circundante e é
também um olhar pela beleza dos campos com gente dentro. Terra de Martins Correia
que ilustrou sabiamente as características regionais com realce temático para o
cavalo e para a mulher do campo, chegou agora a minha vez de mostrar um outro
olhar sobre o campo e a beleza feminina.
E vos deixo com as palavras de Luís
de Camões, in “Verdes são os
Campos”:
“Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração....”
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