terça-feira, 25 de abril de 2017

Sei que só há uma liberdade












Há um antes e um depois. Em 74 era ainda um jovem cheio de sonhos e incertezas. Agora continuam algumas das incertezas e quanto a muitos dos sonhos, esses partiram... de vez. Sou, obviamente, uma outra pessoa, no entanto, como marca determinante no meu caminhar, foi este continuado amor pela arte e pelos valores da cultura ocidental. Foi um caminhar de encontros e desencontros; de certezas e muitas dúvidas; de atitudes corretas e outras não; de enganos e descobertas; de dias felizes e outros nem tanto, felizmente, contudo, entre o deve e o haver muito do desejado se realizou. E por isso me sinto feliz. Muito.



Agora, vivendo uma fase da vida em que o tempo e o modo são os desejados, tanto quanto é possível no contexto social, lamento todavia que não tenha tido o alcance - no campo artístico - do imaginário oriundo dos tempos juvenis ( como é bom sonhar na juventude) e aqui estou eu a trabalhar com o amor e a dedicação de sempre, mesmo que mediaticamente seja quase tudo no anonimato e sem o alcance que  julguei antes de 74.



Falta tanto ainda por realizar. Tenho em mim projetos sem fim e é o que me preenche e me dá energia e vitalidade, para querer fazer sempre mais e melhor, mesmo reconhecendo que tudo muda tão depressa, receando não conseguir acompanhar tantas mudanças, mesmo querendo estar atento à realidade circundante. E porque sou um cidadão do mundo tenho também outros interesses que passam para fora do meu ateliê e que se inscrevem nos valores da democracia, da justiça  e da liberdade, que irei sempre defender e dar a cara, enquanto tiver forças.







E vos deixo com as palavras do escritor francês do século XX, Antoine de Saint-Exupéry, que um dia disse:



“Sei que só há uma liberdade: a do pensamento.”

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