De novo, em outra caminhada, com
projectos já na calha, depois de terminada mais uma exposição, desta feita
colectiva, em que cada um teve um espaço próprio, ficando assim bem explícito o
trabalho de uns e de outros separadamente. E porque é necessário continuar a
acreditar que há tanto ainda por fazer, já estou envolvido na criação de obras
com fins diversos. Nunca é demais dizer que é aliciante ter sempre desejo de
criar peças que transportem consigo cargas simbólicas de infinitos imaginários.
Mais um passo e outro e mais outro esperam por mim, todos os dias, na rota da (minha)
pintura.
Agora mais do mesmo: trabalho
persistente e rigoroso ( horário fixo )
mais crença, bastam para querer ir por aí em busca de algo. Preciso,
como de pão para a boca, de me envolver em episódios artísticos, em que a
solicitação é uma constante e, a ambição de corresponder ao pedido, um dever.
Depois é feito o juízo final, em que se mantém obrigatoriamente a saudável teimosia
de não parar e estar na crista da onda do pintar, mesmo que seja sempre na
solidão do atelier.
Desenhar e pintar, em simultâneo,
é uma norma, para que haja um exercício permanente, dado que todo o trabalho
artístico é exigente e impulsivo, pois não há como dar passos senão na
exigência.
E vos deixo com as palavras de Vergílio
Ferreira, que um dia disse, in “
A Solidão do Artista”:
“Diz-se às vezes de certas pessoas, e para isso se reprovar, que têm
dupla personalidade. Mas dupla ou múltipla têm-na normalmente os artistas....”
Sem comentários:
Enviar um comentário