“Natureza XII/XII”
Pintura sobre tela de
60 X 100 cm
Chegou ao fim esta primeira série
de doze telas sobre a temática da natureza. Outras se seguirão. Eu trabalho sempre
explorando várias vertentes do mesmo tema, até reunir o conjunto que mereça alguma
apreciação. Como é hábito meu, as obras precisam de muito trabalho prévio, de
estudos múltiplos para alcançar a meta pretendida. É sempre tão difícil chegar
a bom porto, o que torna, paradoxalmente, mais aliciante ainda a luta e a
persistência. Se fosse fácil- e a pintura, pode ser um território de
facilitismos - não estaria ainda aqui, neste maravilhoso pesquisar enfatizado,
como se fosse o melhor dos mundos, longe, portanto, de tanto e de tantos. É, no
entanto, este rigor laboral e esta exigência que me prende a viver deste modo
tão celibatário e, em simultâneo, tão cheio de emoções e de sonhares. E vale a
pena, porque o caminho de cada um é o encontro do sonho e da realidade.
Pintar é, sobretudo, um estar
isolado horas a fio, onde apenas a música (trabalho sempre com melodias
clássicas) é a companhia certa. Pontualmente um ou outro imprevisto quebra a
monotonia. Quanto mais tempo pinto, mais tempo preciso de pintar e só paro
quando uma voz me chama. Uma voz celeste que o tempo não esquece. Nunca.
E vos deixo com as palavras de Steve
Jobs:
“Se estás a trabalhar em algo excitante e do qual tu gostas mesmo
muito, não precisas de ser pressionado para ter mais resultados. A tua própria
visão puxa-te para a frente.”
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