Cada trabalho é concluído e
identificado com a assinatura. Esta acaba por ser também um símbolo, uma imagem
de marca, não pelo conteúdo, mas pela forma. Escondida muitas vezes na
imensidão da tela e, habitualmente, ( no meu caso ) no canto inferior direito
ou esquerdo, pretende ser apenas o reconhecimento autoral. Em caso de dúvida, o
nome é o meio certo para a sinalização do criador de cada trabalho. Acontece
também que quase sempre é apenas um pequeno elemento que passa despercebido,
porque o importante é a qualidade da obra e o que a pintura significa, e não o
nome do autor... mas há os que gostam ( e muito) de sobressair a identificação.
Feitios...
Junto da assinatura coloco também
a data da conclusão e no reverso faço o mesmo, juntando a data precisa da assinatura,
com o dia certo, e indicando sempre o nome da pintura. É o modo que uso para visualizar o desenvolvimento do trabalho
anual. Tempos houve em que registava em diferentes suportes cada obra.
Agora porque a internet é uma janela abertura ao mundo e, porque também é, o processo mais simples de mostrar o que faço, é a fórmula por excelência que uso. Fica lá tudo. Cada vez estou mais longe dos papéis, que apenas
me servem para desenhar e desenhar.
Num tempo novo, em que a
tecnologia substitui os hábitos seculares, paradoxalmente, agarro-me à pintura
tradicional – papéis e telas – embora utilize processos contemporâneos de
trabalho, mas ciente que vivo uma realidade cada vez mais distante ou, eu não fosse
eu um longínquo errante.
E vos deixo com as palavras de
Fernando Pessoa que escreveu in “Carta a Miguel Torga, 1930”:
” Toda a arte se baseia na
sensibilidade, e essencialmente na sensibilidade....”
Sem comentários:
Enviar um comentário