João Alfaro
Algumas das pinturas
a apresentar na retrospetiva
Vou mostrar brevemente, num
espaço lindíssimo, um olhar parcelar sobre o meu trabalho no século XXI. Será
uma retrospetiva dos muitos retratos que fazem parte agora da temática dominante,
que é o meu descritivo modo de pintar. Desde que comecei- quase por acaso- a
colocar nas minhas telas as pessoas que me rodeavam, descobri quanto é
galvanizador tentar singularizar cada trabalho, captando a unicidade que é o
perfil de cada um.
Tento descrever um tempo e um modo de ser e
estar com poses simples, mas sugestivas, indicadoras de uma postura cultural de
hábitos e propósitos vincados num relacionamento social, utilizando as armas de
um pintor: cores e formas plásticas.
Quero com a pintura descrever os caminhos que fazem este tempo meu, onde a serenidade e
os valores maiores estejam presentes, e não a apologia de modas que a brevidade
dos interesses leva num sopro.
Procuro fazer um retrato que
tenha uma vida de longa especulação e entendimento daquilo que somos no melhor
que nos define, sem as agruras e os espinhos que compõem o mosaico das ideias e
do viver contemporâneo.
No meu fantasiar não pinto a
violência, nem o desespero, nem as ideias dos horrores, porque a vida é breve e
perante tanto desencanto, enquanto me for possível irei, neste limbo, apenas
descrever o quanto é belo saber viver com a simplicidade do amor.
E vos deixo com as palavras de
Jean Rostand que disse um dia:
“Refletir é desarrumar os
pensamentos.”
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