João Alfaro
“Deusa dos Bosques”,
2015
Tríptico de 100x180
cm (em construção)
Sempre me impressionou a
imensidão e a persistência pela entrega a uma causa, sobretudo, quando o objeto
é a fantasia e a imaginação. Hoje lembrei-me dele, do Van Gogh. Morreu
relativamente jovem e deixou uma obra imensa. Os seus contemporâneos apenas
descobriram muito depois que o seu trabalho, loucamente feito numa relação de
paixão doentia, era um deleite estético, que outros vindouros, ainda hoje, se
deixam deslumbrar. Foi um dos que me marcou e me orienta na sofreguidão por um
desígnio, que é, apenas, um modo de estar.
Outros, muitos outros me encantam
e me conduzem. De tanto querer representar alguma significância, encontro na
pintura a expressão ideal, onde os campos de pesquisa não terminam e o desejo
de mais achar preenche tanto de mim. Agora entre vários projetos, os dias
passam num ápice, porque há sempre tanto para fazer que nunca me basta o que me
reserva o tempo.
“Deusa dos Bosques” é um tríptico
onde a dominante é a natureza e a beleza humana num eterno jogo de procuras, em
que, essencialmente, quero mostrar que gosto de ir por aí, sempre na
persistência e no acreditar que vale a pena. E cada vez gosto mais de pintar.
E vos deixo com as palavras que
um dia Nelson Mandela disse:
“Qualquer pessoa pode elevar-se
acima das suas circunstâncias e alcançar sucesso, caso se dedique e tenha
entusiasmo pelo que faz. “
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