segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Deusas do meu encanto














João Alfaro

“Deusa dos Bosques”, 2015

Pintura sobre tela, tríptico de 100x180 cm

 

 
 

Encontro no feminino muito do que gosto de pintar. Há tanto por descobrir na sensibilidade e na beleza da mulher, que a temática pictórica sobre a expressividade da natureza humana é inesgotável, naquilo que há de mais belo e verdadeiro. Por isso não me canso de retratar continuamente, agora que tenho outros processos e modos de intervenção. Cada novo trabalho é mais uma aposta, neste circuito de representação, onde o sentimento é a base e a origem.

 

Por muitas procuras que haja; por muito que queiramos dizer; por muito que gostemos fica sempre tanto para expressar o quanto é aquilo que sentimos. Falta sempre algo mais. Sempre. E, por faltar tanto, a pintura é o caminho sobre o olhar e o silêncio dos diálogos.

 

 

 

E vos deixo hoje com as palavras de Fernando Pessoa que disse um dia, in “Ideias Estéticas da Arte”:

 

 

“Só a arte é útil. Crenças, exércitos, impérios, atitudes - tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a arte se vê, porque dura.”

 

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