João Alfaro
“Deusa dos Bosques”,
2015
Pintura sobre tela, tríptico
de 100x180 cm
Encontro no feminino muito do que
gosto de pintar. Há tanto por descobrir na sensibilidade e na beleza da mulher,
que a temática pictórica sobre a expressividade da natureza humana é
inesgotável, naquilo que há de mais belo e verdadeiro. Por isso não me canso de
retratar continuamente, agora que tenho outros processos e modos de
intervenção. Cada novo trabalho é mais uma aposta, neste circuito de
representação, onde o sentimento é a base e a origem.
Por muitas procuras que haja; por
muito que queiramos dizer; por muito que gostemos fica sempre tanto para
expressar o quanto é aquilo que sentimos. Falta sempre algo mais. Sempre. E, por
faltar tanto, a pintura é o caminho sobre o olhar e o silêncio dos
diálogos.
E vos deixo hoje com as palavras
de Fernando Pessoa que disse um dia, in “Ideias Estéticas da Arte”:
“Só a arte é útil. Crenças,
exércitos, impérios, atitudes - tudo isso passa. Só a arte fica, por isso só a
arte se vê, porque dura.”
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