“!00 Anos de Jazz”
Nana Sousa Dias
Artspace João
Carvalho
Do melhor que a memória recorda,
ficam sempre episódios que definem a personalidade e a determinação de cada um,
quando um homem se põe a pensar. O tempo desfaz a verdade dos factos deixando
apenas a penumbra deles e da verdade sentida no instante. Mas há sempre tanto
na nostalgia que muito fica perdido nas calendas do sentir e do gostar. Por mim,
com a mutação dos desejos, o leque do melhor se circunscreve a poucos círculos
de interesse. Do que gosto, agora, é, sobretudo, da simplicidade do conviver,
por oposição, naturalmente, à solidão e ao mau pensar.
A música tem o condão de fazer a ponte entre
dois mundos, onde de um lado está a mensagem, quantas vezes angustiante mas
inevitavelmente bela, e, do outro, a criação de ritmos que mexem com
necessidades corporais do sentir a musicalidade. E, porque tenho, ultimamente,
pelas novas amizades, um relacionamento próximo com artistas do campo musical,
muito é o meu viver com o maravilhoso mundo da arte dos sons
Recordo hoje as palavras de Robert
Browning que disse:
"Quem ouve música, sente a sua solidão /
de repente povoada."
E vos deixo com música de jazz,
aqui, depois de uma noite longa.
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